O dispositivo de formação docente TEIAs e a aprendizagem em rede 60 da perturbação e a autoprodução dos seres humanos. Tal como proposto por Maturana (2002), o linguajear aparece necessariamente entrelaçado com o emocionar. Por isso as convivências configuram espaços de viver com os outros, mas, atenção, não é qualquer viver, e sim o viver no linguajear, coordenando um coordenar de ações consensuais com emoções, que possibilitam constituirmos conversações e redes de conversações. Este conviver no linguajear durante dispositivo de formação docente TEIAs, articulou movimentos colaborativos e cocriadores possibilitando a constituição de uma rede de conversações. Essa tessitura de conhecimentossignificações6 em rede é observada na próxima seção onde exploramos algumas emergências do projeto TEIAs. 4 EMERGÊNCIAS DO DISPOSITIVO DE FORMAÇÃO DOCENTE TEIAS No movimento “@olhandooquevivemos” foi perceptível alguns aspectos da configuração do espaço de aprendizagem em rede, em especial, o fluxo complexo das interações e não-interações, relações e conexões que arquitetam uma rede. No planejar as problemáticas a serem exploradas com o dispositivo de formação docente TEIAs, durante as conversações, as praticantespensantes compartilharam suas percepções sobre as tecnologias em sala de aula, apontando para uma em especial: as escolas onde atuavam não dispunha de laboratório de informática, tablets, notebook, ou smartphones. Uma delas relatou não ser “bem assim, pois apesar de estarmos com o laboratório desativado, em todas as salas de aula o prefeito instalou lousas digitais” (CELESTIAL). No fluxo de interações, no compartilhar das percepções das praticantespensantes é que CELESTIAL sentiu-se perturbada, justificando que há tecnologia nas salas de aula (lousas interativas). As perturbações são determinadas em cada ser vivo por sua estrutura individual, a partir das suas histórias de mudanças estruturais e não pelas características do agente perturbador, por isso CELESTIAL demonstra sua perturbação sobre a presença de tecnologia e não sobre outra situação. 6 A junção de palavras é frequente na obra de Nilda Alves demonstrando a constante busca que ela faz para superação de dicotomias e fragmentações. Neste capítulo alguns termos são utilizados da mesma maneira e intenção.
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