Convivências e rede(s): culturas, linguagens e tecnologias na educação

Desembarque no ensino: ressignificação das práticas pedagógicas na Educação de Jovens e Adultos 76 municipal de Nova Santa Rita/RS. A pesquisa-ação proporciona uma participação ativa da comunidade, grupo de educandos e educandas ou instituição sócio-educativa que estão inseridos na pesquisa através da análise da sua realidade, com vistas a promover transformações sociais, pensando nas suas demandas, imersos nos seus desafios e nas possíveis resoluções e análises dos problemas. Para Thiollent e Colette (2014), a pesquisa-ação não é algo fechado e direcionado, mas se organiza no coletivo e tem a proposta de transformação. Busca alterar a realidade e, ao mesmo tempo, construir conhecimento sobre ela, envolvendo muitos homens e mulheres, além do pesquisador, onde as ações são realizadas e decididas em conjunto. Desta forma, os atores são participantes efetivos. Por isso, o pesquisador faz parte do contexto de pesquisa e, sem dúvida, modifica esse contexto, interferindo nele, assim como é modificado por ele. O estudo ocorreu nos períodos das aulas de Geografia e abrangeu os mais diferentes espaços escolares (laboratório de informática, sala de aula, biblioteca, quadra esportiva, dentre outros). O laboratório de informática conta com 6 computadores, porém eles estão emmanutenção. A escola disponibilizou 10 tablets para as atividades com os educandos e educandas, bem como conexão de internet adequada para as atividades. Nestes espaços dinâmicos a pesquisadora realizou as atividades, a observação e a produção de dados, juntamente com os demais homens e mulheres da pesquisa. 4 DESEMBARQUE NO ENSINO: ANÁLISE DAS PRODUÇÕES As práticas pedagógicas problematizadoras e dialógicas propostas na narrativa de viagem ao continente africano, fizeram com que os educandos e as educandas construíssem reflexões importantes a respeito do processo de letramento digital. A construção de um acróstico, de forma colaborativa e cooperativa na escolha de palavras significativas e representativas da realidade conversa com a perspectiva de Freire (1979, p. 36), onde o mundo humano é de comunicação: “comunicar é comunicar-se em torno do objeto comunicante” e a “comunicação é diálogo, assim como o diálogo é comunicativo”.

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