Convivências e rede(s): culturas, linguagens e tecnologias na educação

77 Érica Cecília Noronha Da Boit e Luciana Backes Figura 1- Acróstico sobre a África: Grupo 1 e 2. Fonte: Arquivo da Pesquisa (2022). Como evidenciado na Figura 1, os educandos e as educandas apresentaram dificuldades em articular os conhecimentos construídos coletivamente com a atividade solicitada para os grupos. Freire (2013) destaca a boniteza do educando e da educanda como sujeitos do conhecimento, compossibilidades de ampliar a curiosidade epistemológica e a cooperação. Porém, os participantes consultaram o site de busca Google para encontrar as palavras para o acróstico, sem realizar ações de reflexão a partir de conhecimentos já construídos. Esses educandos e educandas estão inseridos numa concepção empirista, ao considerar-se como tábula rasa e o conhecimento sendo exterior a eles. Emcontraponto, observamos que umgrupo interagiu a partir da consulta em outras fontes, trazendo argumentos para selecionar quais palavras poderiam ser escritas no acróstico. Se a insegurança de expressar suas construções individuais estimulou os participantes a consultarem em outros materiais, o diálogo entre eles proporcionou a escolha de palavras que expressaram as ideias do grupo, evidenciando a legitimação do outro ao contemplar os conhecimentos discutidos na relação dialógica. Essa articulação de diferentes estratégias para a construção do conhecimento imbricando práticas

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