81 Érica Cecília Noronha Da Boit e Luciana Backes Essa prática problematizadora e dialógica gerou interação e questionamentos entre os colegas, provocando novas formas de organização das peças (bandeiras dos países) na mesa. A proposta era organizar as peças por cores. No entanto, coletivamente, os participantes de um grupo, criaram a organização das peças das bandeiras por ordem alfabética dos nomes dos países, assim, quando erravam as peças selecionadas, reorganizavam elas em ordem alfabética. Nesse movimento, educandos e educandas, exploraram seus conhecimentos prévios e mediaram sua própria aprendizagem. Essa atividade traz a opção defendida por Freire (2002, p. 45) de uma educação “respeitadora do homem como pessoa”, única opção a ser seguida por educadores e educadoras que acreditam “no futuro como possibilidade, não determinismo” (Freire, 2002, p. 92). Destacamos a importância de educandos e educandas se reinventarem em suas ações e produções e de compreenderem o coletivo como fonte para descobrir outras formas de desenvolverem suas habilidades cognitivas. Essa relação dialógica destaca que o objeto a ser conhecido pelos participantes “não é de posse exclusiva de um dos sujeitos que fazem o conhecimento, de uma das pessoas envolvidas no diálogo” mas que “o objeto a ser conhecido é colocado na mesa entre os dois sujeitos do conhecimento. Eles se encontram em torno dele e através dele para fazer uma investigação conjunta” (Freire, 2021, p. 171). Na oficina 3, retomamos a importância das bandeiras para a representação de uma ideia, uma nação ou grupo social. Os participantes organizaram grupos de trabalho onde escolheram um país africano para pesquisar a origem dos símbolos e cores da bandeira. Os mesmos pesquisaram em várias fontes (Atlas digital e analógico, sites de busca, livro didático e passaporte geográfico) e apontaram as seguintes considerações:
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