Indo de encontro a um antropocentrismo cujos efeitos devastadores apenas começam a mensurar, o pensamento orgânico, porque enraizado, permite compreender a correspondência fundamental entre os diversos elementos do todo social. O radicalismo de tal sensibilidade nos retira da rotina filosófica. Então, pensar é se conciliar como que resta de não poluído na socialidade contemporânea. É retornar à origem desses espaços de liberdade, a essas utopias intersticiais, nas quais se localiza, cada vez mais, o viver-junto, e que constituem aquilo que chamei de “solo”, lugar onde as raízes se confrontam. O “net-ativismo”, o movimento dos “indignados” e as várias rebeliões se encaixam bem e são confrontados pelas “contaminações” eletrônicas, participando de um real “reencantamento do mundo”. Maffesoli (2017, p. 47)1 1 MAFFESOLI, M. “Net-Ativismo”: do mito tradicional à cibercultura pós-moderna. In: DI FELICE, M.; PEREIRA, E.; ROZA, E. (Org.). Net-ativismo: Redes digitais e novas práticas de participação. Campinas (SP): Papirus, 2017.
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