118 Fui expurgada da UFRGS em 1969, em outubro, porque assinei um manifesto coletivo ao Reitor Faraco, protestando contra o expurgo anterior do meu professor titular, Ângelo Ricci, com quem trabalhava como professora-auxiliar, e do professor Gerd A. Bornheim, com quem colaborava no antigo Centro de Arte Dramática, hoje DAD. Aqueles que assinaram o manifesto foram chamados ante o interventor do governo militar e tiveram a oportunidade de se retratarem, mas eu me recusei. Por força do AI-5, fui aposentada compulsoriamente do Magistério Estadual, onde era concursada, e impedida de lecionar em qualquer instituição de ensino, federal, estadual ou municipal que recebesse incentivos do governo. Maria da Glória Bordini, professora do Instituto de Letras, expurgada em 1969, referindo-se ao processo de Angelo Ricci.
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