28 É assim que, em maio de 1964, a URGS2 criou a Comissão Especial de Investigação Sumária (CEIS). No mesmo dia, tomou posse o reitor José Carlos Fonseca Milano, que imediatamente exigiu a indicação de um professor de cada unidade para constituir a comissão. Fizeram parte da primeira composição da CEIS-URGS: Amadeu Fagundes da Rocha Freitas (Faculdade de Arquitetura), DelfimMendes da Silveira (Faculdade de Direito de Pelotas), Gastão Coelho Pureza Duarte (Faculdade de Odontologia de Pelotas)3, Jacy Carneiro Monteiro (Faculdade de Medicina), Lourenço Mario Prunes (Faculdade de Filosofia), Luiz Carlos Guimarães (Faculdade de Odontologia de Porto Alegre), Moysés Westphalen (Faculdade de Agronomia e Veterinária), Ney Messias (Faculdade de Direito de Porto Alegre), Neya Machado da Silva (Escola de Enfermagem), Othon Sá Castanho (Escola de Geologia), Paulo Maurell Moreira (Faculdade de Farmácia), Saviniano de Castro Marques (Escola de Engenharia), Zacarias Valiati (Escola de Artes) e Nagipe Buaes (Faculdade de Ciências Econômicas). Este último assumiu a presidência da referida comissão. A estes se somou o General Jorge Cesar Garrastazu Teixeira, indicado pelo 3º Exército e que era, de fato, o coordenador da Comissão. Em 1964, a Universidade teve certa “autonomia” para proceder aos processos de expurgo, ao organizar a comissão com seus próprios professores, ainda que com “assessoria”militar. Em 1969, porém, a situação mudou: já sob o Ato Institucional n.º 5 (AI-5), que aprofundaria o terror no país, o então Ministro da Educação e Cultura Tarso Dutra, porto-alegrense formado na Faculdade de Direito, determi2 Em 1950, a URGS foi “federalizada” e, em 1965, passou a ser conhecida como UFRGS. 3 Em 1947, as Faculdades de Direito e de Odontologia de Pelotas haviam sido incorporadas à URGS.
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