Os expurgos da ditadura na UFRGS: memória, verdade e justiça

56 A resistência da parcela mais dinâmica da sociedade brasileira – não por acaso os jovens estudantes universitários – à repressão, à falta de liberdade, à subserviência aos interesses de potências estrangeiras e ao aprofundamento das desigualdades também acontecia no restante do mundo naquele momento. Era o ano de 1968: o governo estadunidense enfrentava os protestos contra a Guerra do Vietnã, a luta contra o racismo do Movimento dos Panteras Negras e do Movimento pelos Direitos Civis, liderado por Martin Luther King. No Velho Continente, a revolta estudantil, conhecida como Maio de 68, obrigava a sociedade a reconhecer que o fim da Segunda Guerra Mundial não era o fim da história. A Primavera de Praga reivindicava reformas na Tchecoslováquia. No México, por sua vez, o massacre de Tlatelolco resultou na morte de mais de trezentos estudantes, por protestarem contra a intervenção armada na Universidade Nacional do México (UNAM) e contra a prisão de seus colegas, pouco antes dos Jogos Olímpicos do México. Para saber mais: DAVIS, Angela. Uma autobiografia. São Paulo: Boitempo, 2019. PONGE, Robert. 1968: o ano das muitas primaveras. Porto Alegre: Unidade, 1998. Assista ao filme Rojo Amanecer, do diretor Jorge Fons, de 1989. Disponível em: https://www. imdb.com/pt/title/tt0098214/. Acesso em 10 mar. 2025.

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