72 Em 1988, a nova Constituição Federal valorizou os direitos sociais e trabalhistas e elevou a cidadania a um novo patamar. A partir de 2007, ampliou-se o número de vagas nas universidades e um maior número de jovens, inclusive de fora dos grandes centros urbanos, teve acesso à universidade pública, gratuita, laica e de qualidade. Em 2012, as lutas no âmbito da sociedade levaram à adoção de um Sistema de Cotas sociais e étnicas para acesso às universidades públicas, como ocorreu na UFRGS. Trata-se de uma política de ações afirmativas que objetiva minimizar as desigualdades étnico-raciais do nosso país, uma das maiores do mundo. Hoje, as universidades públicas estão mais plurais e coloridas, mas ainda há muito a fazer para que o ensino superior esteja a serviço do povo brasileiro. A história não acaba aqui. A pluralidade social e étnica desagradou a muitos que tinham o monopólio do mercado de trabalho. Hoje, cabe a todos nós defendermos as conquistas anteriores, aprofundá-las e não permitir, nunca mais, a repetição de uma violência como os expurgos. Para saber mais: QUEIROZ, Jairo; SILVA, Maria Nilza da (org.). O negro na universidade: o direito à inclusão. Brasília: Fundação Cultural Palmares, 2007. SANTOS, Jocélio Teles dos (org.). O impacto das cotas nas universidades brasileiras (20042012). Salvador: CEAO, 2013.
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