A mudanca como fenomeno no cuidado em saude

103 RIVERO, N. E. E. et al. A mudança como fenômeno no cuidado em saúde. São Leopoldo: Casa Leiria, 2024. (Série Cadernos do PAAS, 11) Corpo-metamorfo: território transicional da experiência “de passagem” Diennifer Couto Bittencourt1 Resumo: Nesta escrita, corpos “de passagem” tem como sentido apostar num processo de transformação (re)inventiva de ser e estar no mundo; é criar, a partir dos encontros com o outro, na sua potência do inédito, brechas e desvios para aquilo que entendemos como desejo-livre. Através de um breve percurso ético-estético-político pela Psicologia Esquizoanalítica, pretende-se entender as características de ser corpo-de-passagem, e o que, enquanto potencial no processo clínico, se apresenta como potência de invenção de si. Para isso, caminha-se na direção de construir uma ideia nômade e rizomática desse território transicional que é a experiência de ser um corpo de passagem, principalmente nas práticas de serviço-escola. Dessa forma, a escrita apresenta-se como um convite para que ser-de-passagem tome o lugar de travessia, aquele que, dentro da ideia de uma clínica dos afetos, ocupa esse processo de maneira metamórfica, investindo na produção de subjetividades múltiplas e singulares, que não se encerram em si. Palavras-chave: corpos de passagem; produção de subjetividade; encontros clínicos; metamorfose. O acontecimento dando-se num estranho local de um ainda-aqui-e-já-passado, ainda-por-vir-e-já-presente (Zourabichvili, 2004, p. 8). Não é à toa que a palavra metamorfose é um sinônimo de mudança: fala de transformação, de sair do lugar, é um acontecimento que “produz afetos que em fluxo afetam a subjetividade inscrevendo uma diferença em quem(s) está(o) vivendo a experiência” (Ferreira, 2016, 1 Estudante do curso de Psicologia – Bacharelado pela Unisinos. Estagiária no Programa de Atenção Ampliada à Saúde (PAAS). E-mail: diennifercbpsi@gmail.com DOI: https://doi.org/10.29327/5457497.1-9

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