142 Cadernos do PAAS, volume 11 - A mudança como fenômeno no cuidado em saúde parte formativa. Assim como foi quando a gente, em 2016 a gente saiu dos núcleos para passar para os projetos, não é?! Foi uma mudança muito grande, mas que a gente foi fazendo em decorrência daquilo que a gente acreditava, como também ofereceu uma melhor organização dentro das próprias ofertas do serviço, em termos de mobilidade, em termos de formação, em termos de alocação dos técnicos e dos estagiários, para poder ter uma mobilidade maior interna, dentro de alguma alternativa mais ampla de possibilidade de experimentar o serviço, de agir em diferentes formas de intervenção. A gente chegou em janeiro, começou com essa mudança, chegamos em março, a gente não estava pronto e não era uma ideia que nos desgostava, houve incômodos, houve movimentos, houve tumultos, mas a gente sempre entendeu que isso também era aprendizado. Eu acho que esse momento atual também. Vivenciei ele até um determinado ponto, agora saio, e acho que se cresce com isso, se aprende com isso, as coisas se transformam nesse caminho. E eu sempre entendo que seja para melhor. Eu nunca vejo que é para pior. Eu acho que a gente pode perder coisas. Mas eu acho que a gente se rearranja, se recoloca, se realoca, aprende outros caminhos para lidar com as adversidades que às vezes se colocam. Não é uma visão mágica nem de Poliana, mas eu acho que a gente tem que se colocar assim, porque, bom, isso é do contexto, isso é da vida, isso é do trabalho que a gente vai fazer nos outros âmbitos onde a gente for trabalhar. Esse é um compromisso também formativo. Esse é um compromisso com a população que vem também vem demandando coisas diferentes, vem sendo afetada por diversas coisas, que lá 20 anos atrás a gente não previa, mas que foram se colocando. Então eu acho que mudança é movimento e eu entendo que isso é muito significativo para as nossas vidas, para as nossas formações, para o nosso movimento de aprendizado constante, que eu também não acredito em nada muito estabilizado. Acho que a gente tem que oferecer segurança nos atendimentos, na formação, aos nossos estagiários, entre nós enquanto equipe, mas acho que a segurança não implica numa questão de falta de vida, de impulso. Eu gosto das coisas assim movimentadas, elas
RkJQdWJsaXNoZXIy MjEzNzYz