149 Cadernos do PAAS, volume 11 - A mudança como fenômeno no cuidado em saúde tágio ele está mais estreito, né? Assim, o que eu percebo é que, por exemplo, os alunos chegam trazendo mais presentemente o currículo para dentro do estágio. Eu acho que essa amarração está melhor, está mais próxima. Se usa mais o conteúdo do currículo do curso no estágio nas supervisões. Isso tem uma amarra melhor do que tinha no começo. No começo, e aí eu falo, claro que é uma distância grande, mas era muito distante, era como se fosse quase algo completamente separado. Então eu não vejo essa separação, não vejo essa distância. Acho que o aluno tá muito mais presentificado, como aluno do curso, dentro do estágio. Antes pareciam duas coisas completamente distintas, então acho que isso é bem importante, essa amarra foi sendo feita, foi sendo bem-feita, essa costura, foi se solidificando, foi se dando de uma forma muito mais potente, no sentido de que o conteúdo chega, de que a relação é feita. Acho que o curso também, a gente foi fazendo uma construção. Eu não consigo separar, por exemplo, existe uma visão social, e que alguns têm muito preconceito ainda. Mas eu acho que existe uma visão de psicologia que é diferente do que era lá nos primórdios. A inserção da clínica, mas a inserção de uma visão de mundo, de contexto, de história, de cultura, do que eu englobo, talvez até erroneamente, numa questão mais de uma perspectiva social. Ela está dada, ela está posta em grande parte dos alunos, e eu acho isso muito positivo. Porque antes acho que existiam mais gavetas, embora eu tenha brigado muito com as minhas. Eu, vejo que os alunos ainda tinham muitas gavetas em termos formativos e eu acho que eles vão construindo menos. Então acho que eles vão transitando melhor, sobre coisas que, enfim, ainda é um currículo compartimentalizado. Mas eu acho que se faz alguns desmanches importantes nisso e eu vejo que foi evoluindo. O serviço ele facilita esse trânsito. Há perrengues, há brigas, há discussões. Minha turma é melhor que a tua, minha teoria é melhor que a tua. Como se alguém fosse dono de alguma coisa. Mas, enfim, eu acho que ainda tem a possibilidade de um trânsito aí, que no fim formativamente sobra, no bom sentido, uma linguagem meio comum que, em termos da formação do então
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