81 RIVERO, N. E. E. et al. A mudança como fenômeno no cuidado em saúde. São Leopoldo: Casa Leiria, 2024. (Série Cadernos do PAAS, 11) Mulheres na roda construindo espaços comuns por entres as águas de maio Vilene Moehlecke1 Juliana Silveira de Oliveira2 Introdução A gente vai contra a corrente Até não poder resistir Na volta do barco é que sente O quanto deixou de cumprir Faz tempo que a gente cultiva A mais linda roseira que há Mas eis que chega a roda-viva E carrega a roseira pra lá Chico Buarque Em maio de 2024, o Rio Grande do Sul vivenciou a maior enchente de sua história, afetando um número inimaginável de cidades, de territórios e de vidas. Como no verso de Chico Buarque, “a gente vai contra a corrente até não poder resistir”, os rios, sufocados pelo avanço desordenado das cidades, já não conseguem seguir seu curso natural. Ao longo dos anos, deixamos de cumprir nossa parte na preservação da natureza, e, como a roda-viva que carrega a roseira, as águas avançaram sem controle, destruindo lares e sonhos. 1 Professora do Curso de Psicologia da Unisinos; Mestrado no PPGPSI/UFRGS, Doutorado no PGIE/UFRGS; Pós-Doutorado no PPGPSI/UFRGS; Psicóloga da Secretaria dos Direitos Humanos de São Leopoldo. 2 Graduanda do Curso de Psicologia da Unisinos; DOI: https://doi.org/10.29327/5457497.1-7
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