249 XXXI MOSTRA UNISINOS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA De 28/10/2024 a 01/11/2024 Unisinos São Leopoldo Ciências da Saúde - PPG em Psicologia Autor(a): Maria Luiza Fritsch Felippsen Coautor(es): Murilo Ricardo Zibetti, Pâmela Georg Modalidade de Bolsa: UNIBIC Orientador(a): Profa. Dra. Priscila Brust Rencki FATORES DE PROTEÇÃO PERCEBIDOS POR INDIVÍDUOS EM SITUAÇÃO DE PRIVAÇÃO DE LIBERDADE A privação de liberdade impõe aos indivíduos desafios que vão além da restrição física, afetando também aspectos psicológicos, sociais e emocionais. Nesse contexto, a resiliência surge como uma característica fundamental para a adaptação e enfrentamento das adversidades. Além disso, a presença de fatores de proteção desempenha um papel crucial na promoção do bem-estar e na prevenção de problemas de saúde mental entre a população carcerária. O presente estudo teve como objetivo identificar os fatores de proteção percebidos por indivíduos em situação de privação de liberdade, os quais podem promover a resiliência nesse contexto. A pesquisa, de abordagem qualitativa, foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas com cinco homens, todos cumprindo pena em um Complexo Penitenciário na região metropolitana de Porto Alegre. As entrevistas foram individuais, com duração média de 15 minutos, conduzidas por um psicólogo treinado, em uma sala disponibilizada pela administração da instituição. A participação dos indivíduos foi voluntária, sendo realizada após divulgação em cada galeria, com a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados das entrevistas foram transcritos, e, independentemente das perguntas, todos os elementos relacionados aos fatores de proteção relatados pelos participantes foram incluídos na análise de conteúdo categorial temática. A partir dessa análise, emergiram quatro eixos principais, definidos posteriormente: suporte social, desenvolvimento da fé, e pensamentos/objetivos e amadurecimento/situações de vida. O estudo evidenciou que esses fatores de proteção são essenciais para a preservação da saúde mental e do bem-estar de pessoas privadas de liberdade, ressaltando a importância de políticas públicas que incentivem e facilitem essas interações.
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