261 XXXI MOSTRA UNISINOS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA De 28/10/2024 a 01/11/2024 Unisinos São Leopoldo Ciências da Saúde - PPG em Psicologia Autor(a): Júlia Consoli Coautor(es): Vanessa Ruffatto Gregoviski; Noemi Santos Vieira Modalidade de Bolsa: PIBIC Orientador(a): Profa. Dra. Janine Kieling Monteiro “POR SER IMIGRANTE EU TINHA QUE AGRADECER”: ASSÉDIO MORAL LABORAL NAS EXPERIÊNCIAS DE IMIGRANTES BRASILEIRAS EM PORTUGAL As vivências laborais podem ser compreendidas em um espectro de pluralidades, uma vez se aproximam da realidade de cada sujeito de diferentes maneiras. Considerando que os processos migratórios já envolvem desafios, no que diz respeito ao preconceito, adaptação e cultura, a inserção no campo do trabalho pode contribuir para a sobrevivência e na busca por estabilidade. No entanto, existe ainda a precarização do trabalho desses migrantes, que enfrentam cargas de trabalho pesadas, remunerações inconsistentes e vulnerabilidade ao desemprego (Campos, 2018). O assédio moral laboral é caracterizado por um conjunto de práticas intencionais, recorrentes ou não, que causam dano físico, psicológico, sexual ou econômico, em relação ou como resultado do trabalho (OIT, 2019). O efeito desse fenômeno está relacionado diretamente à estratégia utilizada, a relação hierárquica, a falta de transparência e ao abuso de poder, que ocorrem de maneira sistemática e discriminatória nas instituições (Freitas et.al., 2008). Dessa forma, o assédio moral pode ser um agravante das relações de trabalho entre migrantes, sendo mais um obstáculo enfrentado por quem busca construir uma vida fora do seu país de origem. O objetivo do presente trabalho é analisar experiências de mulheres imigrantes brasileiras em Portugal acerca de situações de assédio moral no trabalho, bem como as estratégias de enfrentamento e suporte utilizadas. Trata-se de um estudo de casos múltiplos (Yin, 2010), com delineamento qualitativo, transversal e exploratório. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas e a aplicação do instrumento List of Migration Experiences (LiMEs) com três mulheres, adultas-jovens, brasileiras, que residem há mais de um ano em Portugal. Na análise das entrevistas foi utilizado o método de análise
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