XXXI Mostra Unisinos de Iniciação Científica e Tecnológica

465 XXXI MOSTRA UNISINOS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA De 28/10/2024 a 01/11/2024 Unisinos São Leopoldo Ciências Sociais Aplicadas - PPG em Direito Autor(a): Leila Fatima dos Santos Modalidade de Bolsa: CNPq – Unisinos Orientador(a): Gerson Neves Pinto BIOÉTICA E TRANS-HUMANISMO: O ANALFABETISMO DIGITAL NA ERA DO PROGRESSO TECNOLÓGICO Esta comunicação contempla os resultados da minha pesquisa como Bolsista CNPq - Unisinos junto ao Projeto: “Fundamentos Epistemológicos da Bioética (trans-humanismo)”, sob a coordenação do prof. Dr. Gerson Neves Pinto. O presente trabalho tem por objetivo analisar a intersecção entre os avanços tecnológicos, o trans-humanismo e o analfabetismo, considerando suas implicações bioéticas e sociais. A partir de uma revisão bibliográfica, busca-se entender como o desenvolvimento de tecnologias de aprimoramento humano, que visam expandir as capacidades intelectuais, físicas e emocionais, contrasta com a realidade de milhões de pessoas que ainda vivem à margem da inclusão educacional e digital. A pesquisa revisa obras de David Hume, Leo Pessini, e documentos como a Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos da UNESCO, bem como dados do IBGE. O avanço das ciências biológicas e da medicina no século XXI provoca dilemas éticos e jurídicos complexos, tais como o surgimento de novas questões morais e jurídicas, resultado da intervenção humana em áreas antes consideradas “naturais”(Neves, 2014). O aprimoramento genético e inteligência artificial apresentam um futuro pós-humano com capacidades imagináveis (Bostrom, 2014). No entanto, Pessini (2017) enfatiza que a luta contra a pobreza, as guerras e a destruição do meio ambiente são desafios interdependentes, e devem ser enfrentados de maneira simultânea; mas questiona como o “milhão dourado”, a elite que se beneficia dos avanços tecnológicos pode permanecer indiferente diante da miséria que afeta grande parte da população mundial. A educação é um fator essencial para diminuir a pobreza, mas, no Brasil, os dados do Censo Demográfico de 2022 do IBGE revelam que, no Brasil, 11,4 milhões de pessoas com 15 anos ou mais são analfabetas, representando uma taxa de 7,0%. Ainda no contexto tecnológico, é possível perceber outra forma de

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