733 XXXI MOSTRA UNISINOS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA De 28/10/2024 a 01/11/2024 Unisinos São Leopoldo QUANTOS MUNDOS CABEM NA ESCOLA? Roberta Paola Teixeira da Silva (apresentadora) Tiago Oliveira das Chagas Este artigo analisa a experiência de reestruturação do atendimento do Programa de Educação e Ação Social (EDUCAS) e a sua aproximação com o ambiente escolar. O fortalecimento de parcerias entre a universidade e as escolas públicas é uma prioridade para o programa, com o intuito de contribuir para os processos de inclusão, permanência e aprendizagem de crianças e jovens. Nos últimos anos, a adesão de adolescentes ao programa tornou-se um desafio significativo. Para enfrentar essa questão, o programa expandiu suas atividades diretamente numa escola do município de São Leopoldo, a Escola Municipal Zaira Hauschild. As intervenções iniciais focaram em adolescentes com dificuldades de aprendizagem, propondo encontros em formato de grupo-oficina. Essa abordagem visa criar um espaço seguro onde a produção subjetiva dos jovens é priorizada. Os encontros, baseados nos quatro pilares da educação de Jacques Delors, buscam promover um aprendizado integral, alinhado às diretrizes curriculares do país. Durante as intervenções, emergiram questões sobre vulnerabilidades, pressões sociais e identidades, evidenciando a diversidade de experiências dos jovens. A reflexão central proposta é sobre quantos mundos podem coexistir na escola, especialmente no que diz respeito a temas como sexualidade e identidade de gênero. O ambiente escolar, embora desafiador, é um laboratório para validar e acolher essas narrativas. A análise inclui relatos de experiência e a construção de novos modos de se fazer e pensar educação, destacando os desafios e resultados dessa transição. A experiência do EDUCAS destaca a importância de uma intervenção contínua e adaptativa, envolvendo não apenas os alunos, mas também professores e a equipe da escola. A construção de espaços de escuta requer investimento e compromisso contínuos para que todas as vozes sejam ouvidas. Por fim, a efetividade das ações depende do diálogo permanente entre todos os envolvidos, promovendo práticas e saberes pedagógicos que favoreçam a inclusão e a diversidade no ambiente escolar.
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