XXXI Mostra Unisinos de Iniciação Científica e Tecnológica

763 XXXI MOSTRA UNISINOS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA De 28/10/2024 a 01/11/2024 Unisinos São Leopoldo são, os quais podem ser agravados com o avança da Inteligência artificial sem transparência.1 A originalidade está na construção da relação, entre a inteligência artificial e os Direitos Humanos, com projeção de seu futuro, para a viabilidade da vida humana sobre os algoritmos, ou seja, deve haver transparência no desenvolvimento dos algoritmos de inteligência artificial. A utilização de algoritmos de recomendação, aqueles utilizados para ofertas em redes sociais por exemplo, que seria a matemática de mineração de dados, necessitam combinar capacidades humanas e mecânicas, uma fusão entre a psicologia comportamental do sujeito e as facilidades tecnológicas. Ao analisar a utilização do algoritmo sob o viés da “Dittadura dell´algoritmo e prerrogativa della persona”, Stefano Rodotà contribui afirmando no sentido de que “a construção de nossa identidade individual e social, é confiada a algoritmos”, e estes não são transparentes na criação, gerando assim informações referente a vida humana, sem as relevantes informações que poderiam ser auditáveis ou fundamentais para compreender a decisão.2 Yuval Harari, corrobora com esta tese, da essencialidade da transparência, pois estamos diante de desafios globais, como os ecológicos e biotecnológicos, e questiona o que irá ocorrer com o ser humano, quando suas tarefas serão executadas por sistemas de inteligência artificial. São mudanças que ocorrerão, mas que não poderão trazer enormes prejuízos aos direitos humanos, tendo em vista a obscuridade de determinados sistemas. Cientes de que um mundo perfeito está distante da atual conflituosa civilização global, mas aspectos harmônicos devem ser construídos.3 A certeza, é que não é possível pensar localmente, pois tudo ocorre a nível global, e que tudo depende das decisões humanas neste momento. 1 PÉREZ-LUÑO, Antonio Enrique: Los derechos humanos en la sociedad tecnológica. Madrid: Universitas, 2012. p. 35. 2 RODOTÀ, Stefano. Il mondo nella rete. Quali i diritti, quali i vincoli. Roma: Laterza, 2014. p. 37-39. 3 HARARI, Yuval Noah. 21 lições para o século 21. Tradução: Paulo Gieger. 1. ed. São Paulo: Companhia das Letras 2018. p. 142.

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